O Guia alimentar foi pensado pelo Ministério da Saúde para guiar uma alimentação saudável para os brasileiros. Nele são aplicados conceitos da Nutrição especificamente para nós, levando em consideração a forma como nos alimentamos, os alimentos consumidos, a parte social da alimentação, entre outros.
Grande parte da população nunca ouviu falar nesse documento, que contém conceitos básicos de fácil acesso e linguagem acessível. A última edição do Guia foi lançada em 2014, trazendo diretrizes atualizadas sobre o assunto.
O Guia foi elaborado de acordo com os seguintes princípios:
Alimentação é mais do que ingestão de nutrientes - quem consulta comigo sabe o quanto enfatizo que o ato de comer também está ligado a socializar e a momentos afetivos, e isso deve ser considerado dentro de uma alimentação saudável.
Recomendações sobre alimentação devem estar em sintonia com seu tempo - os padrões de alimentação estão mudando constantemente, e as recomendações devem levar em conta o cenário da evolução da alimentação e das condições de saúde da população.
Alimentação adequada e saudável deriva de sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável - recomendações sobre alimentação devem levar em conta o impacto das formas de produção e distribuição dos alimentos sobre a justiça social e a integridade do ambiente.
Diferentes saberes geram o conhecimento para a formulação de guias alimentares - muitas pessoas de áreas de conhecimentos diferentes participam da elaboração, para que ele abranja o máximo da população possível.
Guias alimentares ampliam a autonomia nas escolhas alimentares - o que todos queremos é autonomia alimentar, não concordam? Muito do que é ensinado no consultório leva o paciente a conseguir realizar escolhas conscientes mesmo não estando em acompanhamento.
Depois de apresentar seus princípios, o Guia traz a forma mais saudável de escolha de alimentos, separando-os da seguinte forma:
In natura ou minimamente processados: são os alimentos que sofrem o mínimo de processos possível antes do consumo. Nele entram legumes, carnes, ovos, farinhas, oleginosas, etc. Esses alimentos devem ser a base da alimentação.
Óleos, gorduras, sal e açúcar: Apresentam-se separados porque devem ser consumidos com moderação. São, em sua maioria, realçadores de sabor.
Alimentos processados: são alimentos que sofreram algum processo antes de serem consumidos. Entram nesse grupo os legumes em conserva, extratos de tomate, frutas em calda, pães, etc. Devem também ser consumidos com moderação, porque na maioria das vezes apresentam algum dos realçadores de sabor, além de produtos de conservação.
Alimentos ultraprocessados: Por conta de sua formulação e apresentação, tendem a ser consumidos em excesso e a substituir alimentos in natura ou minimamente processados. As formas de produção, distribuição, comercialização e consumo afetam de modo desfavorável a cultura, a vida social e o meio ambiente. Como exemplo citamos miojo, salsicha, sucos industrializados, etc. Esses alimentos devem ser evitados.
"Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados".
Essa é a regra de ouro trazida pelo Guia Alimentar para a População Brasileira.
Os alimentos ultraprocessados normalmente apresentam uma composição desbalanceada, além de serem hiperpalatáveis e apresentarem versões em tamanho gigante. Em função de tudo isso, apresentam muitas vezes um valor calórico elevado, prejudicando o balanço energético diário de quem os consome. Esses alimentos também tem uma forma de preparação não sustentável para o meio ambiente, e costumam ser consumido sem a devida atenção.
Além das noções básicas para uma alimentação saudável, também são trazidos exemplos de refeições de diversas regiões brasileiras, mostrando que a alimentação de dia a dia também pode ser saudável e gostosa. São mostrados os grupos de alimentos e quais as melhores formas de aproveitá-los.
Por fim, o Guia preconiza 10 passos para uma alimentação saudável e adequada. São eles:
1- Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação.
2- Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias.
3- Limitar o consumo de alimentos processados.
4- Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados.
5- Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia.
6- Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados.
7- Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias.
8- Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece.
9- Dar preferencia, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora.
10- Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.
Seguindo esses passos é possível regrar a sua alimentação e trazer para dentro de casa um estilo de vida mais saudável. Sabemos que colocar tudo isso em prática não é fácil, e por isso também estou aqui para ajudar. Entre em contato para inserirmos uma rotina saudável em sua vida!
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